quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A construção de usinas na região começa com os rios que formam o Tapojós


Todo rio nasce pequeno, cresce e segue para o mar. Para se produzir energia, é preciso barrar essa sequência natural. O Rio Tapajós é um dos mais bonitos da região amazônica. No local, vai ser construída a usina de São Luiz, uma das 22 usinas previstas para região Norte até o ano de 2019. Represar rios com barragens pode trazer desenvolvimento, mas tem dois custos: um econômico e outro ecológico que ninguém consegue calcular. Só a construção desta usina vai alagar parte de uma reserva, o Parque Nacional da Amazônia.
A construção de usinas nessa região começa nos rios que formam o Tapajós. No Teles Pires estão previstas quatro. No Juruena, cinco. No Tapajós, três usinas: Jatobá, São Luiz e Chacorão. E no Rio Jamanxim, mais quatro. Os reservatórios dessas usinas, se somados, vão ocupar uma área de cerca de cinco mil quilômetros quadrados. Praticamente três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
São áreas de proteção ambiental, de florestas e de dois parques nacionais. A 3 mil quilômetros do Parque Nacional da Amazônia, uma expedição se prepara em Pirassununga, interior de São Paulo. No Centro de Pesquisas e Conservação de Peixes Continentais, biólogos e outros pesquisadores do Instituto Chico Mendes têm uma difícil missão: procurar maneiras de minimizar o impacto ambiental que a construção de barragens vai causar. A expedição pega estrada ainda de madrugada. São quatro dias de viagem cruzando cinco estados. No Pará, araras azuis são o sinal da chegada à Rodovia Transamazônica, única estrada que dá acesso ao Parque Nacional da Amazônia. Estrada que será inundada em vários trechos com a construção da barragem.

Katia Abad 

Um comentário:

  1. Com o crescimento da industria e da população, iremos precisar de novas usinas, mas temos que prestar atenção no impacto que cada uma gera na fauna e na flora da região e também nas desapropriação de terras indigênas e de agricultura. Por isso o primeiro passo seria o consumo consciente de energia para precisarmos causar o menor impacto possivel ao meio ambiente em um futuro proximo.

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