quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Primeira hidrelétrica do país foi construída em Minas há mais de 100 anos
Há 124 anos as águas do Rio Paraibuna, na Zona da Mata, moviam as turbinas da primeira usina hidrelétrica do país, ponto de partida para o Brasil se tornar um gigante no setor (introdução) Os primeiros watts/hora (W/h) de energia hidrelétrica gerados na América Latina foram possíveis graças às águas do Rio Paraibuna, que atravessa a Zona da Mata mineira e deságua no litoral fluminense. Há mais de 120 anos, quando as turbinas importadas dos Estados Unidos giravam pela primeira vez na Usina de Marmelos, em Juiz de Fora, ocorreu de forma inédita no país a transformação da energia mecânica em elétrica. Foi o salto inicial para que o Brasil se tornasse um dos maiores produtores de energia hidrelétrica do planeta. Cinco anos antes, as águas do Ribeirão do Inferno, em Diamantina, já tinham sido usadas para gerar energia, mas ela ficou restrita ao uso de mineração de diamantes, sem grandes registros. A usina levantada às margens do Paraibuna acelerou o processo de desenvolvimento da técnica no Brasil, que passou a olhar para seus rios como fonte de uma riqueza que iria além da pesca e mobilidade. A iniciativa da construção da primeira usina hidrelétrica do continente partiu do industrial mineiro Bernardo Mascarenhas, que, com objetivo de ampliar sua produção de tecidos, buscou por vários anos uma forma mais moderna e prática de movimentar os teares de sua empresa têxtil. Em 1878, depois de visitar a Exposição Universal de Paris, onde se encontrou com empresários de outros países e ficou conhecendo pesquisas e novidades tecnológicas desenvolvidas no exterior, Mascarenhas resolveu apostar na energia dos rios com forma de gerar energia. “Ele buscou informações para otimizar o método manual que era usado em suas fábricas. Já sabia que fora do país empresários economizavam mão de obra e conseguiam aumentar a produção”, conta José Roberto Tagliati, diretor acadêmico do Centro de Ciências da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mas o industrial mineiro tinha pretensões que ultrapassavam as paredes de sua fábrica de tecidos e, assim que retornou da Europa, firmou contrato com a Prefeitura de Juiz de Fora para mudar o fornecimento de luz na cidade, passando da iluminação a gás para a elétrica. Com a concessão garantida pela prefeitura, Mascarenhas criou a Companhia Mineira de Eletricidade (CME) de Juiz de Fora, que passou a fornecer energia elétrica para a cidade e lugarejos da região. Aos poucos a demanda pela nova invenção ganhou ruas e praças do lugar, até chegar às moradias nos primeiros anos do século 20. A companhia existiu até 1980, quando foi incorporada pela Cemig. Em 1983, a Usina de Marmelos se transformou em Espaço Cultural e Museu, após seu tombamento, no mesmo ano, pelo Patrimônio Histórico Artístico e Cultural.
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ResponderExcluirOI Kátia.Esse post é interessante, porém faça um resumo, pois está na íntegra e com seu nome abaixo em seguida. Por mais que tenha a fonte, cite o autor do texto. Algo como "achei esse texto de Josias Pires ..." para dar enfoque ao teu trabalho.
ResponderExcluirO Brasil precisa se desenvolver , por isso a construção de hidrelétricas, não somente a de Belo Monte , mas também os outros que virão futuramente são extremamente importantes para o progresso brasileiro , pois para cada país continuar crescer economicamente é necessário eletricidades para a indústria. O Brasil tem um grande potencial hidrelétrico(um privilégio que muitos países queriam ter) por esse motivo é preciso utilizar esse privilégio ^^ Parabéns meninas *-*
ResponderExcluirPor: Sthefane Novais.